quarta-feira, 26 de junho de 2013

URGENTE!!


Quem quer adotar uma nova amiga?? Essa fofinha esta precisando de uma família que a ame e a resgate de um lugar onde ela passa frio, fome e maus tratos!! Quem puder entre em contato com o @quatropatas !!

terça-feira, 25 de junho de 2013

ATÉ ONDE VAI SUA AMIZADE?


Amizade Posted by Picasa

Um homem, seu cavalo e seu cão, caminhavam por uma estrada.
Depois de muito caminhar, esse homem se deu conta de que ele, seu cavalo e seu cão haviam morrido num acidente.Às vezes os mortos levam tempo para se dar conta de sua nova condição...
A caminhada era muito longa, morro acima, o sol era forte e eles ficaram suados e com muita sede.Precisavam desesperadamente de água.
Numa curva do caminho, avistaram um portão magnífico, todo de mármore, que conduzia a uma praça calçada com blocos de ouro, no centro da qual havia uma fonte de onde jorrava água cristalina.

O caminhante dirigiu-se ao homem que numa guarita, guardava a entrada.
- Bom dia, ele disse.
- Bom dia, respondeu o homem.
- Que lugar é este, tão lindo ele perguntou.
- Isto aqui é o céu, foi a resposta.
- Que bom que nós chegamos ao céu, estamos com muita sede, disse o homem.
- O senhor pode entrar e beber água à vontade, disse o guarda, indicando-lhe a fonte.
- Meu cavalo e meu cachorro também estão com sede.
- Lamento muito, disse o guarda.
- Aqui não se permite a entrada de animais.

O homem ficou muito desapontado porque sua sede era grande.Mas ele não beberia deixando seus amigos com sede.

Assim, prosseguiu seu caminho.Depois de muito caminharem morro acima, com sede e cansaço multiplicados, ele chegou a um sítio, cuja entrada era marcada por uma porteira velha semi aberta.
A porteira se abria para um caminho de terra, com árvores dos dois lados que lhe faziam sombra.
À sombra de uma das árvores, um homem estava deitado, cabeça coberta com um chapéu, parecia que estava dormindo.
- Bom dia, disse o caminhante.
- Bom dia, disse o homem.
- Estamos com muita sede, eu, meu cavalo e meu cachorro.
- Há uma fonte naquelas pedras, disse o homem e indicando o lugar. Podem beber a vontade.

O homem, o cavalo e o cachorro foram até a fonte e mataram a sede.
- Muito obrigado, ele disse ao sair.
- Voltem quando quiserem, respondeu o homem.
- A propósito, disse o caminhante, qual é o nome deste lugar?
- Céu, respondeu o homem.
- Céu ? Mas o homem na guarita ao lado do portão de mármore disse que lá era o céu!
- Aquilo não é o céu, aquilo é o inferno.
O caminhante ficou perplexo.
- Mas então, disse ele, essa informação falsa deve causar grandes confusões.
- De forma alguma, respondeu o homem. Na verdade, eles nos fazem um grande favor. Porque lá ficam aqueles que são capazes de abandonar seus melhores amigos...

segunda-feira, 24 de junho de 2013

# HOMENS X ANIMAIS


Homens X Animais Posted by Picasa

No nosso dia-a-dia é comum ouvirmos frases em que aparecem comparações entre o homem e o animal.Se bem observarmos, veremos que geralmente ocorrem essas comparações para se definir uma situação difícil, como por exemplo: "Aqui me tratam como a um cachorro!" ou "Hoje trabalhei feito um cavalo!".

São frases que bem retratam a educação de uma sociedade, e o que é pior, da nossa sociedade. Atentando para o verdadeiro teor dessas frases, podemos perceber quão pouco são respeitados nossos animais.

Você já notou o crescente número de cães velhos e doentes que perambulam pelas ruas da sua cidade? Saiba que já tiveram donos e a maior parte deles foi abandonada (excetuando-se aqueles que infelizmente perderam-se ao se distanciarem demais de suas casas).

Outros animais, a exemplo dos gatos, são covardemente perseguidos até a morte. Covardemente, sim, pois são seres naturalmente úteis e indefesos.
"Ninguém chuta gato morto"- Quem já não ouviu este dizer?

Todos ou quase todos os dias vemos burros ou cavalos puxando pesadas carroças. Você sabia que considerável parte desses animais, quando velhos, cansados, às vezes cegos, são sacrificados ou abandonados por seus donos, não recebendo, portanto, o mínimo sentimento de gratidão por tantos anos de serviços prestados?

É comum ouvirmos esta frase: "Aqueles apartamentos parecem gaiolas. Não dá pra agüentar!"
- Aqui lembramos daquelas aves que são arrancadas de seu hábitat natural para viverem em minúsculas gaiolas, assim como o pássaro preto, sabiá laranjeira, o papagaio, a arara e etc...
Saiba que o comércio dessas aves é proibido por Lei e você pode e deve denunciar aqueles que praticam esse tipo de comércio.

Há pouco tempo ouvimos alguém dizer: "Esse médico quer nos fazer de cobaias!"- Veio-nos à lembrança a vivissecção. Você sabe o que é vivissecção? Se não souber, pergunte a médicos, estudantes de medicina, biologia, etc. E eles lhe dirão: são experiências feitas em gatos, cães e outros animais vivos, que têm seus corpos abertos para estudos e depois, muitas vezes são mortos e jogados no lixo."

É necessário que tudo isso tenha fim. A Natureza deve e merece ser preservada, não só pelo respeito que lhe é devido, como também pelas conseqüências terríveis que podem advir do desequilíbrio do relacionamento homem-animal...

Você pode ajudar! Lembrando o chamado de Cristo:"Vinde a mim todos os que estão cansados e oprimidos e eu vos aliviarei".

Em nenhum momentos tem-se que Ele se dirigia apenas aos homens.
Ame os animais assim como Deus o ama: GRATUITAMENTE.
Você pode!

Texto de Silvia Schmidt

domingo, 23 de junho de 2013

# O GATO, A ARTE E A HISTÓRIA


Bastet, deusa egípcia Posted by Picasa

BASTET, DEUSA EGÍPCIA


No antigo Egito o gato foi honrado e enaltecido.
Considerado como um animal santo, ele era mumificado e colocado em sarcófagos durante os funerais de famílias ricas.

Nesta mesma época, a gata transformou-se na representação da deusa BASTET.
Na região do Delta do Nilo, ela era mais cultuada, simbolizava o amor materno, a ternura e a fecundidade e também protegia os lares.

No Antigo Império (2686-2173) foi considerada mãe do faraó. O seu amor materno poderia se transformar em ferocidade quando algum de seus filhos era atacado, com isso se transformava em deusa leoa.

Também estava associada ao poder do Sol, sendo considerada filha de Rá.

Os gregos e os romanos reconheceram o valor do gato como caçador de camundongos e isto foi o início de sua expansão pelo mundo...

Na Europa o gato se desenvolveu com as conquistas romanas.Ele foi admirado por sua beleza e personalidade independente, e ao mesmo tempo doce e afável.

Foi apreciado ainda mais no século XI quando o rato negro invadiu a Europa, gato e rato travaram uma batalha sem piedade.

No século XIII desenvolveram-se as superstições e o gato passou de criatura adorada a infernal, associada aos cultos pagãos e à feitiçaria.

A igreja lhe virou as costas e, durante mais de quatro séculos, o gato foi sacrificado, enforcado ou torturado como herege.

Sem o gato para combatê-lo, o rato se desenvolveu e propagou a peste em todas as cidades.

Foi necessário esperar até o século XVIII para novamente ouvir cantar os louvores da beleza do gato.

Ele está novamente em perfeito acordo com o espírito dos tempos; os poetas, pintores e escritores prestam homenagem à sua graça e à beleza de seus corpos.

Balzac, Chateubriand, Victor Hugo e Baudelaire consagram longas passagens ao Gato e a seus gatos.


“Venha meu belo gato, sobre meu coração amoroso.
Contenha as garras da tua pata,
E deixe-me absorver em teus belos olhos
Mesclas de metal e ágata...”

Charles Baudelaire “AS FLORES DO MAL”

sábado, 22 de junho de 2013

# SIMPLESMENTE GATOS...

Simplesmente Gatos
Artur da Távola


"Bichos polêmicos sem o querer, porque sábios, mas inquietantes, talvez por isso...nada é mais incômodo que o silencioso bastar-se dos gatos. O só pedir a quem amam. O só amar a quem os merece.

O homem quer o bicho espojado, submisso, cheio de súplica, temor, reverência, obediência.
O gato não satisfaz as necessidades doentias do amor. Só as saudáveis.
Lembrei, então, de dizer, dos gatos, o que a observação de alguns anos me deu.

Quem sabe, talvez, ocorra o milagre de iluminar um coração a eles fechado?
Quem sabe, entendendo-os melhor, estabelece-se um grau de compreensão, uma possibilidade de luz e vida onde há ódio e temor? Quem sabe São Francisco de Assis não está por trás do Mago Merlin, soprando-me o artigo?

Já viu gato amestrado, de chapeuzinho ridículo, obedecendo às ordens de um pilantra que vive às custas dele? Não! Até o bondoso elefante veste saiote e dança a valsa no circo. O leal cachorro no fundo compreende as agruras do dono e faz a gentileza de ganhar a vida por ele. O leão e o tigre se amesquinham na jaula.

Gato não. Ele só aceita uma relação de independência e afeto. E como não cede ao homem, mesmo quando dele dependente, é chamado de arrogante, egoísta, safado, espertalhão ou falso.

"Falso", porque não aceita a nossa falsidade com ele e só admite afeto com troca e respeito pela individualidade. O gato não gosta de alguém porque precisa gostar para se sentir melhor. Ele gosta pelo amor que lhe é próprio, que é dele e ele o dá se quiser.

O gato devolve ao homem a exata medida da relação que dele parte. Sábio e espelho. O gato é zen. O gato é Tao. Ele conhece o segredo da não-ação que não é inação. Nada pede a quem não o quer.

Exigente com quem ama, mas só depois de muito certificar-se. Não pede amor, mas se lhe dá, então ele exige.

Sim, o gato não pede amor. Nem depende dele. Mas, quando o sente é capaz de amar muito. Discretamente, porém sem derramar-se. O gato é um italiano educado na Inglaterra. Sente como um italiano mas se comporta como um lorde inglês.

Quem não se relaciona bem com o próprio inconsciente não transa o gato. Ele aparece, então, como ameaça, porque representa essa relação precária do homem com o (próprio) mistério. O gato não se relaciona com a aparência do homem. Ele vê além, por dentro e pelo avesso. Relaciona-se com a essência.

Se o gesto de carinho é medroso ou substitui inaceitáveis (mas existentes) impulsos secretos de agressão, o gato sabe. E se defende do afago. A relação dele é com o que está oculto, guardado e nem nós queremos, sabemos ou podemos ver.

Por isso, quando surge nele um ato de entrega, de subida no colo ou manifestação de afeto, é algo muito verdadeiro, que não pode ser desdenhado. É um gesto de confiança que honra quem o recebe, pois significa um julgamento.

O homem não sabe ver o gato, mas o gato sabe ver o homem. Se há desarmonia real ou latente, o gato sente. Se há solidão, ele sabe e atenua como pode (ele que enfrenta a própria solidão de maneira muito mais valente que nós). Se há pessoas agressivas em torno ou carregadas de maus fluidos, ele se afasta.

Nada diz, não reclama. Afasta-se. Quem não o sabe "ler" pensa que "ele não está ali. Presente ou ausente, ele ensina e manifesta algo. Perto ou longe, olhando ou fingindo não ver, ele está comunicando códigos que nem sempre (ou quase nunca) sabemos traduzir.

O gato vê mais e vê dentro e além de nós. Relaciona-se com fluidos, auras, fantasmas amigos e opressores. O gato é médium, bruxo, alquimista e parapsicólogo. É uma chance de meditação permanente a nosso lado, a ensinar paciência, atenção, silêncio e mistério. O gato é um monge portátil à disposição de quem o saiba perceber.

Monge, sim, refinado, silencioso, meditativo e sábio monge, a nos devolver as perguntas medrosas esperando que encontremos o caminho na sua busca, em vez de o querer preparado, já conhecido e trilhado.

O gato sempre responde com uma nova questão, remetendo-nos à pesquisa permanente do real, à busca incessante, à certeza de que cada segundo contém a possibilidade de criatividade e de novas inter-relações, infinitas, entre as coisas.

O gato é uma lição diária de afeto verdadeiro e fiel. Suas manifestações são íntimas e profundas. Exigem recolhimento, entrega, atenção. Desatentos não agradam os gatos. Bulhosos os irritam. Tudo o que precise de promoção ou explicação, quer afirmação. Vive do verdadeiro e não se ilude com aparências. Ninguém em toda natureza aprendeu a bastar-se (até na higiene) a si mesmo como o gato!

Lição de sono e de musculação, o gato nos ensina todas as posições de respiração ioga. Ensina a dormir com entrega total e diluição recuperante no Cosmos. Ensina a espreguiçar-se com a massagem mais completa em todos em todos os músculos, preparando-os para a ação imediata.

Se os preparadores físicos aprendessem o aquecimento do gato, os jogadores reservas não levariam tanto tempo ( quase 15 minutos) se aquecendo para entrar em campo.
O gato sai do sono para o máximo de ação, tensão e elasticidade num segundo. Conhece o desempenho preciso e milimétrico de cada parte do seu corpo, a qual ama e preserva como a um templo.

Lição de saúde sexual e sensualidade. Lição de envolvimento amoroso com dedicação integral de vários dias. Lição de organização familiar e de definição de espaço próprio e território pessoal. Lição de anatomia, equilíbrio, desempenho muscular. Lição de salto. Lição de silêncio.Lição de descanso. Lição de introversão. Lição de contato com o mistério, com o escuro, com a sombra. Lição de religiosidade sem ícones.

Lição de alimentação e requinte. Lição de bom gosto e senso de oportunidade. Lição de vida, enfim, a mais completa, diária, silenciosa, educada, sem cobranças, sem veemências, sem exigências.

O gato é uma chance de interiorização e sabedoria posta pelo mistério à disposição do homem."

# UM PONTO PARA A VIDA!!


Um ponto para a vida.
Por Elaine Tavares - jornalista no OLA/UFSC


Foi na universidade. Uma dessas cenas maravilhosas
que não acontecem todoo dia, mas que têm o poder de mudar o rumo da história.

Foi protagonizada por um menino que decidiu salvar a vida de um cachorro.

O animalzinho esperava na sala, amarrado a uma mesa, para ser morto em nome da ciência.

O garoto, de nome Thales, olhou para o bichinho e o bichinho olhou para oThales. Não houve vacilação. Thales desamarrou o cachorro, abraçou-o e saiu correndo porta afora. Aquele não morreria.

A ação provocou uma confusão no curso de Biologia e no Centro de Ciência Biológicas. Punição, debates, acaloradas discussões e, por fim, o encerramento da prática da morte de animais. Thales Trez, o garoto que salvou o cachorro, ensinou a todos na UFSC, uma bela lição.

Ele dizia que: "um dia, o ser humano vai perceber que o que fazemos hoje com os animais é uma violência absurda, e as coisas vão mudar".O tempo passou, o Thales se formou, foi para fora do país, fez mestrado, doutorado, está aí dando aula, fazendo luta, e as coisas pareciam não mudar.

Por isso, me surpreendeu a notícia de que, em Florianópolis, um jovem tenha sido condenado por ter assassinado um cachorro, com requintes de crueldade. A notícia me tocou o coração e logo me fez lembrar do garoto dos olhos clarinhos e cabelos esquisitos que tantas lições nos deu por aqui mesmo, no campus.

Talvez, realmente, as coisas tenham começado a mudar. Os bichos passam a ser respeitados como vida e ninguém pode matar um ser vivo assim, impunemente.

Alguns podem dizer: Mas "quá"! Temos que nos importar com os garotos e garotas das comunidades de periferia que estão aí sendo assassinados, a cada noite, pela guerra do tráfico.
E eu diria. Alto lá, cara pálida. Eu me importo.
Quem não se importa é quem segue vivendo a sua vidinha amorfa, cuidando só da farinha do seu pirão.

Eu luto por um mundo justo, digno, em que caibam todos. Humanos, animais e vegetais, na harmonia cósmica.

A luta pelos humanos fazemos nas ruas, nas instituições, na discussão das políticas públicas.
E, nela, contamos com a gente mesmo, as vítimas, osoprimidos e deserdados que, quando não podemos mais agüentar, nos rebelamos das mais diversas formas.

Mas os animais, com seus olhos mansos, não sabem falar a língua dos homens. Não podem ainda intervir nas políticas, nos processos, da maneira como nós podemos fazê-lo.

Hoje, ainda precisam de nós. Assim como os vegetais que sangram nas florestas decepadas.
Daí a importância de uma decisão como a que foi tomada contra o jovem que matou o cachorro a pontapés.

A cadeia da vida é inexorável, mas nenhum ser vivo pode ser morto assim, torturado e violentado, sem que nada aconteça.

Acredito, assim como Thales, que um dia os humanos vão perceber o tremendo erro que cometeram ao considerar os animais como seres inferiores ou apenas dignos de bilú-bilú.

Os bichos - e isso nos inclui - são seres desse grande jardim que é o mundo da vida e como vida merecem respeito e amor. Dia virá, eu sei!...

quinta-feira, 20 de junho de 2013

# MUDANDO A PERCEPÇÃO SOBRE OS ANIMAIS

O artigo do Professor Linzey faz parte de uma série sobre "Literatura Teológica" que foi publicada em 97/98 no BTI Newsletter/Mansfield College, Oxford University BTI Newsletter, Volume XXVII, Nro. 28 15/04/1998

Mudando a Percepção sobre os Animais.
"Eu não sei porque você se perturba tanto - eles são apenas animais, afinal de contas."
Quantas vezes vocês já ouviram isso?
Embutida na frase está a crença que devemos desmascarar e confrontar: a idéia de que animais são "apenas animais" - isto é, que eles são meras coisas, mercadorias, recursos para o nosso uso.
O que devemos lutar é contra a percepção de que os animais não são nada além de coisas feitas para os humanos.

Se hoje usamos animais de fazenda como apenas meios para os objetivos humanos é porque nossos ancestrais pensavam que isso seria verdade.
Mudar percepções é um processo difícil, árduo e arriscado.
Antigamente, eu pensava que era fácil. Hoje eu reconheço que é uma das tarefas mais exigentes do mundo inteiro.

As pessoas raramente querem repensar suas idéias, confrontar seus próprios preconceitos, desafiar os hábitos da mente e do corpo a que foram acostumados.
"Poucas pessoas pensam", escreveu Bertrand Russell, "a maioria das pessoas preferiria morrer do que pensar, e a maioria delas na verdade fazem exatamente isso."

E ainda sem uma mudança de percepção - e uma mudança fundamental - não haverá futuro para o movimento de defesa dos animais. Campanhas, estratégias, petições, protestos - toda a parafernália do ativismo é essencial, é claro, mas por si própria dificilmente poderá causar a necessária mudança de percepção.

Se alguém examina os movimentos reformistas similares, pela abolição da escravatura ou a emancipação feminina, por exemplo, poderá ver em retrospecto o quão essencial - e simples - foram as visões fundamentais que motivaram esses movimentos: o igual valor e dignidade de todas os seres humanos, negros ou brancos, homens e mulheres.

O movimento dos animais tem a ver com a percepção do valor intrínseco dado por Deus à cada um dos seres sensíveis. À primeira vista, isso parece uma coisa simples, até elementar, mas eu pude ver que a maioria não tem essa mesma percepção - ou se têm, não querem demonstrá-la.

Da forma como eu vejo, a nossa tarefa é encorajar, convidar e às vezes exortar as pessoas a olhar para os animais como mais do que se pensa que um "animal" é. Cada criatura é um ser sensível, vivente, que vale por si próprio e não pelo que pode nos dar em troca ou pelo uso que possamos dar a esse ser.

Esse trabalho, eu acredito, é uma tarefa principalmente espiritual. Para mim, os direitos dos animais têm a ver com uma percepção e luta espirituais. E por "espiritual" eu não quero dizer religião organizada, eu quero dizer uma consciência ampliada do valor da criação divinamente concedido e a abominação da crueldade como algo mau em si.

Em minha visão, o valor dos animais é algo a ser descoberto - uma descoberta de novos aspectos da psique humana.
Por quase 25 anos, eu tenho trabalhado com igrejas cristãs para tentar animá-las a serem o canal para essa nova sensibilidade. Infelizmente, as igrejas, que deveriam ser líderes no movimento de proteção aos animais, ainda não se envolveram. Mas mesmo que as igrejas sejam lentas para responderem às novas idéias, a teologia cristã pode dar um forte fundamento racional para as idéias que as próprias igrejas têm negligenciado.

De uma perspectiva teológica cristã, os animais não são nossa propriedade; nós não os possuímos.
Não temos direitos absolutos nesse planeta: somente o dever de cuidar. Afinal de contas, o que esses animais são senão criaturas de Deus?

Se isso não puder dar uma base para o respeito necessário e urgente de suas vidas individuais, eu não sei o que mais poderá dar essa base".

quarta-feira, 19 de junho de 2013

# PREÂMBULO DA DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DOS ANIMAIS


Direito dos animais Posted by Picasa

PREÂMBULO:

  • Considerando que todo o animal possui direitos,
  • Considerando que o desconhecimento e o desprezo destes direitos têm levado e continuam a levar o homem a cometer crimes contra os animais e contra a natureza,
  • Considerando que o reconhecimento pela espécie humana do direito à existência das outras espécies animais constitui o fundamento da coexistência das outras espécies no mundo,
  • Considerando que os genocídios são perpetrados pelo homem e há o perigo de continuar a perpetrar outros.
  • Considerando que o respeito dos homens pelos animais está ligado ao respeito dos homens pelo seu semelhante,
  • Considerando que a educação deve ensinar desde a infância a observar, a compreender, a respeitar e a amar os animais,
Proclama-se a presente DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DOS ANIMAIS....
(*)A Declaração Universal dos Direitos dos Animais foi proclamada pela UNESCO em sessão realizada em Bruxelas, Bélgica, em 27 de Janeiro de 1978.

terça-feira, 18 de junho de 2013

# DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DOS ANIMAIS


Direito dos Animais... Posted by Picasa

Declaração Universal dos Direitos dos Animais

(da qual o Brasil é signatário)

A UNESCO aprovou em 1978, em Paris, a DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO ANIMAL, seguindo a mesma trilha filosófica da Declaração universal dos Direitos do Homem, votada a 30 anos pela ONU, o Dr. Georges Heuse, secretário geral do Centro Internacional de Experimentação de Biologia Humana e cientista ilustre, foi quem propôs esta Declaração.

A DECLARAÇÃO

Art. 1º) Todos ps animais nascem iguais perante a vida e têm os mesmos direitos à existência.

Art. 2º) O homem, como a espécie animal, não pode exterminar outros animais ou explorá-los violando este direito; tem obrigação de colocar os seus conhecimentos a serviço dos animais.

Art. 3º) 1) Todo animal tem direito a atenção, aos cuidados e a proteção dos homens.
2) Se a morte de um animal for necessária, deve ser instantânea, indolor e não geradora de angústia.

Art. 4º) 1) Todo animal pertencente a uma espécie selvagem tem direito a viver livre em seu próprio ambiente natural, terrestre, aéreo ou aquático, e tem direito a reproduzir-se,
2) Toda privação de liberdade, mesmo se tiver fins educativos, é contrária a este direito.

Art. 5º) 1) Todo animal pertencente a uma espécie ambientada tradicionalmente na vizinhança do homem tem direito a viver e crescer no ritmo e nas condições de vida e liberdade que forem próprias da sua espécie;
2) Toda modificação desse ritmo ou dessas condições, que forem impostas pelo homem com fins mercantis, é contrária a este direito.

Art. 6º) 1) Todo animal escolhido pelo homem para companheiro tem direito a uma duração de vida correspondente á sua longevidade natural;
2) Abandonar um animal é ação cruel e degradante.

Art. 7ª) Todo animal utilizado em trabalho tem direito à limitação razoável da duração e da intensidade desse trabalho, alimentação reparadora e repouso.

Art. 8º) 1) A experimentação animal que envolver sofrimento físico ou psicológico, é incompatível com os direitos do animal, quer se trate de experimentação médica, científica, comercial ou de qualquer outra modalidade;
2) As técnicas de substituição devem ser utilizadas e desenvolvidas.

Art. 9º) Se um animal for criado para alimentação, deve ser nutrido, abrigado, transportado e abatido sem que sofra ansiedade ou dor.

Art. 10º) 1) Nenhum animal deve ser explorado para divertimento do homem;
2) As exibições de animais e os espetáculos que os utilizam são incompatíveis com a dignidade do animal.

Art. 11º) Todo ato que implique a morte desnecessária de um animal constitui biocídio, isto é, crime contra a vida.

Art. 12º) 1) Todo ato que implique a morte de um grande número de animais selvagens, constitui genocídio, isto é, crime contra a espécie;
2) A poluição e a destruição do ambiente natural conduzem ao genocídio.

Art. 13º) 1) O animal morto deve ser tratado com respeito;
2) As cenas de violência contra os animais devem ser proibidas no cinema e na televisão, salvo se tiverem por finalidade evidenciar ofensa aos direitos do animal.

Art. 14º) 1) Os organismo de proteção e de selvaguarda dos animais devem ter representação em nível governamental;
2) Os direitos do animal devem ser defendidos por lei como os direitos humanos.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

MANUAL DOS GATOS



"Encontre um raio de sol e cochile nele."


Manual dos Gatos
(Autor desconhecido)

Faça do mundo o seu playground:

  • Sempre que não der tempo de ir até a caixa sanitária, cubra com qualquer coisa! Meias resolvem satisfatoriamente.
  • Quando estiver com fome mie bem alto! Eles o alimentarão apenas para fazê-lo ficar quieto.
  • Sempre encontre algum raio de sol e cochile nele.
  • Cochile sempre.
  • Quando estiver encrencado, apenas ronrone e faça cara de "lindinho".
  • A vida é muito difícil, então cochile.
  • A curiosidade nunca matou nada, a não ser umas poucas horas.
  • Quando na dúvida, finja saber o que está fazendo.
  • O tempero da vida é variar. Um dia, ignore as pessoas, no outro as chateie.
  • Suba na vida, é para isso que as cortinas servem.
  • Deixe sua marca no mundo, ou ao menos borrife em cada canto.
  • Seja sempre generoso, um passarinho ou camundongo deixado na cama diz a eles " eu me importo".

GATOS E LIVROS...

Gatos e livros são, realmente, uma combinação perfeita. Nenhum outro animal sabe respeitar o silêncio e a introspecção de quem possui o hábito de ler. Ou, analisando melhor, nenhum outro animal compartilha tão intimamente desse silêncio e desse olhar mudo, com que investigamos o nosso íntimo.
Eles guardam o que Cecília Meireles chamou de "soberana melancolia" e, ao olharem para nós, investigando as nossas angústias, brota nos seus olhos erguidos o arco-íris, resumo do dia, ressuscitando dos seus olvidos, onde apagado cada um jazia, abstratos lumes sucumbidos.1

Charles Baudelaire apreciava mergulhar nesse olhos "de ágata e aço";
olhos que, para Pablo Neruda, deixaram uma só ranhura para jogar as moedas da noite (...).2

E se Cecília Meireles afirmava que eles "proclamam a monarquia da renúncia", para o poeta chileno o felino é como um pequeno imperador sem orbe, conquistador sem pátria mínimo tigre de salão, nupcial sultão do céu das telhas eróticas (...).

Poetas das mais diferentes estirpes inspiraram-se nesses seres que parecem carregar, na elasticidade dos passos e na independência em relação aos homens, um segredo que a Semiótica ainda almeja desvendar.

A fleuma felina é carregada de um leve desprezo. Impassíveis, aparentando superioridade e, até, uma certa arrogância, eles nos conquistam e, como julgou alguém, nos domesticam. Byron estava certo: "O gato possui beleza sem vaidade, força sem insolência, coragem sem ferocidade, todas as virtudes do homem sem vícios."

E Mark Twain, com desculpável pessimismo, também acerta: "Se fosse possível cruzar o homem com o gato, melhoraria o homem, mas pioraria o gato."Absolutos, plenos, únicos, independentes e visceralmente higiênicos, eles também sabem ser afáveis, mas sempre com distinção e nobreza.

Meus quatro gatos - o mais velho, sentado sobre os livros, ao meu lado, e a mais jovem esparramada na almofada e os outros dois deitados no sofá - olham-me e parecem, além de entender-me, concordar comigo. O primeiro inclina-se na minha direção, com os olhos faiscando num azul ambíguo, e, mostrando que sua intimidade com minha biblioteca não tem sido vã, sugere-me o final deste artigo, sussurrando-me, ao ouvido, uma frase que creio ser de Jean Cocteau: "Prefiro os gatos aos cães, porque não há gatos policiais."

domingo, 16 de junho de 2013

# DIREITO À VIDA...


NOSSOS AMIGOS ANIMAIS Posted by Picasa

"Enquanto o homem continuar a ser destruidor impiedoso dos seres animados dos planos inferiores, não conhecerá a saúde nem a paz. Enquanto os homens massacrarem os animais, eles se matarão uns aos outros.Aquele que semeia a morte e o sofrimento não pode colher a alegria e o amor." (Pythagoras)

"Chegará o dia que os homens conhecerão a alma dos animais, e nesse dia, um crime contra um animal será considerado um crime contra a humanidade." (Leonardo da Vinci)

"Matar um animal para fazer um casaco é um pecado. Nós não temos esse direito. Uma mulher realmente tem classe quando rejeita que um animal seja morto para ser colocado sobre os seus ombros. Só assim ela será verdadeiramente bela." (Doris Day)

"Não há diferenças fundamentais entre o homem e os animais nas suas faculdades mentais... Os animais, como os homens, demonstram sentir prazer,dor, felicidade e sofrimento."
(Charles Darwin)

"Matar animais por esporte, prazer, aventura e por suas peles, é um fenômeno que é ao mesmo tempo cruel e repugnante. Não há justificativa na satisfação de uma brutalidade dessas."
(Dalai Lama)

"Eu sou a favor dos direitos animais bem como dos direitos humanos. Essa é a proposta de um ser humano integral."(Abraham Lincoln)

"Não haverá justiça enquanto o homem empunhar uma faca ou uma arma e destruir aqueles que são mais fracos que ele".(Isaac Bashevis Singer - Nobel - 1978)

"Em termos de evolução, bem maior é o débito da Humanidade para com os animais do que o crédito que lhes temos dispensado para seu bem-estar e progresso". (Eurípedes Kühl)

"Não importa se os animais são incapazes ou não de pensar. O que importa é que eles são capazes de sofrer.Por trás da bela pele há uma história. Uma história sangrenta e bárbara."
(Mary Tyler Moore)