domingo, 23 de junho de 2013

# O GATO, A ARTE E A HISTÓRIA


Bastet, deusa egípcia Posted by Picasa

BASTET, DEUSA EGÍPCIA


No antigo Egito o gato foi honrado e enaltecido.
Considerado como um animal santo, ele era mumificado e colocado em sarcófagos durante os funerais de famílias ricas.

Nesta mesma época, a gata transformou-se na representação da deusa BASTET.
Na região do Delta do Nilo, ela era mais cultuada, simbolizava o amor materno, a ternura e a fecundidade e também protegia os lares.

No Antigo Império (2686-2173) foi considerada mãe do faraó. O seu amor materno poderia se transformar em ferocidade quando algum de seus filhos era atacado, com isso se transformava em deusa leoa.

Também estava associada ao poder do Sol, sendo considerada filha de Rá.

Os gregos e os romanos reconheceram o valor do gato como caçador de camundongos e isto foi o início de sua expansão pelo mundo...

Na Europa o gato se desenvolveu com as conquistas romanas.Ele foi admirado por sua beleza e personalidade independente, e ao mesmo tempo doce e afável.

Foi apreciado ainda mais no século XI quando o rato negro invadiu a Europa, gato e rato travaram uma batalha sem piedade.

No século XIII desenvolveram-se as superstições e o gato passou de criatura adorada a infernal, associada aos cultos pagãos e à feitiçaria.

A igreja lhe virou as costas e, durante mais de quatro séculos, o gato foi sacrificado, enforcado ou torturado como herege.

Sem o gato para combatê-lo, o rato se desenvolveu e propagou a peste em todas as cidades.

Foi necessário esperar até o século XVIII para novamente ouvir cantar os louvores da beleza do gato.

Ele está novamente em perfeito acordo com o espírito dos tempos; os poetas, pintores e escritores prestam homenagem à sua graça e à beleza de seus corpos.

Balzac, Chateubriand, Victor Hugo e Baudelaire consagram longas passagens ao Gato e a seus gatos.


“Venha meu belo gato, sobre meu coração amoroso.
Contenha as garras da tua pata,
E deixe-me absorver em teus belos olhos
Mesclas de metal e ágata...”

Charles Baudelaire “AS FLORES DO MAL”

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